As queimadas são o principal foco do uso para os drones, mas eles também podem ser úteis em outras ocorrências como para encontrar pessoas desaparecidas
O Corpo de Bombeiros vai ganhar um novo aliado no combate aos incêndios: os drones. A ideia é ter uma visão do alto do fogo, principalmente em áreas de preservação, além de poder fazer um mapeamento de para onde vai o fogo e a melhor forma de combatê. Os drones também vão ajudar no monitoramento de incêndios criminosos.
“Com o drone nós conseguimos ter uma visualização mais de perto do problema sem correr riscos”
“Com o equipamento a gente economiza o uso da aeronave que é muito mais caro. Com o drone é possível ver para onde o fogo está indo e como temos que atuar naquela área. Além de trabalhar na prevenção com um monitoramento das pessoas nas áreas de preservação para coibir incêndios criminosos”, explica o capitão Thiago Miranda do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Segundo ele as áreas de preservação têm algumas câmeras, mas com o drone é possível monitorar uma área maior e ir até locais de difícil acesso. Nesta época de seca que vai até novembro e que as queimadas são frequentes, o capitão explica que o uso de drones será fundamental. O equipamento chega a até cerca de 130 metros de altura.
“Nós já fizemos alguns testes e estamos agora treinando os bombeiros para operarem os drones. A previsão é que no ano que vem todas as unidades dos Bombeiros de Minas já estejam com os drones e com os bombeiros treinados para operá-los. Isso vai ajudar muito nas ocorrências”, afirma o capitão.
Ajuda em várias ocorrências
Segundo ele, as queimadas são o principal foco do uso para os drones, mas eles também podem ser úteis em outras ocorrências como, por exemplo, em acidentes com produtos perigosos. “Com o drone nós conseguimos ter uma visualização mais de perto do problema sem correr riscos”, explicou o capitão.
Outras utilidades que o equipamento pode ter é na busca por pessoas desaparecidas já que o drone além de ter um custo mais baixo pode chegar a locais de difícil acesso onde as vítimas podem estar. Como por exemplo em tragédias como o rompimento da Barragem em Mariana para fazer um monitoramento da área atingida.
As queimadas em números
Neste ano já foram 2569 ocorrências atendidas pelos bombeiros em relação a incêndio em vegetação de janeiro a maio. No ano passado foram 2.395 no mesmo período. Em 2017 todo foram 14.127 ocorrências.
FONTE: [OTEMPO]